O cenário brasileiro vive um momento de transformação impulsionado pela união entre crédito acessível e soluções tecnológicas.
O mercado de crédito brasileiro apresentou expansão significativa em 2025, com alta de 5% no primeiro semestre diante de 2024. Essa evolução reflete não apenas a retomada das atividades econômicas, mas também o menor nível dos últimos cinco anos na taxa de inadimplência, que caiu para 2,5%.
Juros mais estáveis, um ambiente macroeconômico favorável e maior confiança empresarial pavimentaram esse avanço. As empresas encontraram um terreno mais firme para planejar investimentos, modernizar processos e expandir operações.
Em agosto de 2025, o governo federal lançou a Linha Crédito Indústria 4.0, com R$ 12 bilhões destinados à modernização industrial. Esse programa viabiliza a próxima revolução produtiva no Brasil.
O vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou como essa iniciativa fortalecerá a competitividade internacional das empresas brasileiras. Já o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, destacou o papel desse programa no fomento ao crescimento do país como um todo.
O dinamismo do crédito em 2025 estendeu-se a diversos segmentos, cada um com suas peculiaridades e potencial de transformação.
As PMEs continuam recebendo atenção especial, com crescimento de 7% no volume de financiamento. A inclusão financeira nesse setor tem sido uma peça-chave para o desenvolvimento regional.
Empreendedores vêm aproveitando essas oportunidades para modernizar processos, contratar mão de obra especializada e investir em sustentabilidade.
No segmento comercial, o volume de crédito avançou 5%, impulsionado por empresas de médio porte e serviços. Incentivos fiscais e linhas de financiamento do BNDES foram determinantes para o fortalecimento das margens, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste.
Já o varejo se adaptou ao perfil do consumidor moderno, oferecendo programas de parcelamento com juros reduzidos para clientes adimplentes, apoiados por dados cadastrais validados digitalmente. Essa estratégia fortalece a confiança mútua entre lojistas e compradores.
As fintechs de crédito digital registraram um salto notável em 2024, com volume de R$ 35,5 bilhões, representando um crescimento de 68% sobre 2023.
Metade dessas empresas investiu em novas soluções e revisão de modelos de concessão, buscando eficiência e agilidade na análise de risco. A adoção de inteligência artificial e automação de processos internos foi um diferencial competitivo.
Essa combinação de tecnologia e agilidade permitiu às fintechs expandir também para o segmento empresarial, oferecendo desconto de duplicatas e capital de giro de curto prazo.
A implementação do open banking revolucionou o mercado, permitindo o compartilhamento de dados de renda, consumo e comportamento de pagamento. Novas soluções de financiamento surgem a partir dessa maior transparência.
Tecnologias emergentes como blockchain, tokenização e fluxos automatizados de pagamento estão redefinindo as bases do crédito, oferecendo transparência e eficiência em cada transação.
O BNDES reforçou seu compromisso com a inovação por meio de programas estratégicos. Dois destaques merecem atenção especial:
O programa Brasil Mais Produtivo complementa essas iniciativas ao apoiar a digitalização e a transformação digital das empresas, reforçando a modernização do parque industrial nacional.
O fortalecimento da confiança empresarial é essencial para a continuidade desse ritmo de crescimento. A combinação de juros mais estáveis e expectativas de estabilidade política sustenta um ambiente propício a novos investimentos.
Entretanto, desafios persistem. A concentração bancária ainda limita o acesso ao crédito em algumas regiões, especialmente Norte e Nordeste. É fundamental ampliar parcerias com fintechs e fundos de investimento para democratizar o crédito em todo o território.
Adotar uma visão estratégica que una crédito acessível e inovação tecnológica pode impulsionar o Brasil rumo a um novo patamar de competitividade global, gerando empregos de qualidade e promovendo o desenvolvimento sustentável.
Empreendedores e gestores que souberem combinar recursos financeiros, tecnologia e visão de futuro estarão na vanguarda de um mercado transformado. O Brasil tem diante de si uma oportunidade histórica: consolidar uma economia cada vez mais inovadora e inclusiva.
Referências